Os estados de saúde e de doença possuem limites imprecisos que vão se alternar no indivíduo durante o curso de sua vida e vão estar na dependência de vários fatores e ou variáveis que influenciam as respostas adaptativas ou não, de cada sujeito em particular. A OMS (1948) classificou saúde não como a falta de doença, mas como a manutenção de um estado global de bem-estar.
Nesse processo de oscilação saúde- doença vamos chamar de período pré-patogênico o tempo em que as pessoas estão saudáveis. Contudo, sabemos que, o sujeito, dentro da interação com o meio ambiente, passa a sofrer influência de agentes químicos, físicos, biológicos, sociais e dos fatores psicológicos dentro de seu contexto de vida e que podem desencadear em dado momento a mudança de estado de saúde para o estado de doença, sofrendo nesse período a influência de três elementos primordiais: o hospedeiro, o agente e o meio ambiente. Esses três elementos chamaremos de “tríade ecológica”.
O Hospedeiro: Qualquer organismo capaz de abrigar um agente causador de adoecimento.
Algumas características individuais poderão proteger o hospedeiro e garantir a manutenção do equilíbrio saúde. São elas: genética, idade, estado nutricional, nível da imunidade.
O Agente: Qualquer substância animada ou não cuja presença é causadora de determinada doença. Os agentes podem der: Biológicos, físicos, químicos, mecânicos, nutricionais, psicológicos e sociais.
O Ambiente:
Conjunto de condições que exercem influências externas ou internas na vida e no desenvolvimento do organismo do sujeito.
O estado de saúde ou doença no indivíduo vai estar na dependência das características de equilíbrio destes três elementos.
Os fatores que fragilizam o sujeito para contrair alguma doença são chamados de fatores de risco e estão presentes no período pré -patogênico da doença.
O período patogênico corresponde ao início da doença e está presente mesmo antes do aparecimento dos primeiros sintomas. Nas doenças transmissíveis corresponde ao período de incubação ou período de latência no caso das doenças crônicas físicas ou mentais e se manifesta em três etapas: subclínica, de horizonte clínico e etapa clínica.
Diante da reação do organismo do sujeito a doença pode seguir várias direções: cura ou recuperação, sequelas, recaídas, desencadear outra doença, se tornar crônica ou levar a morte.
Precisamos fortalecer em nossa sociedade a criação e manutenção dos cuidados de prevenção. Entende-se por prevenção a antecipação ou a diminuição das possibilidades de aparecimento de uma doença e se acontecer estar apto a solucionar ou impedir a evolução.
A OMS classifica a prevenção em três níveis:
Prevenção primária: Tem por propósito manter a saúde e desenvolver hábitos de vida saudáveis.
Prevenção secundária: Ocorre quando a prevenção primária não deu resultados satisfatórios e a pessoa adoece, bem como procura atender doenças nas quais as medidas de prevenção não são possíveis e a pessoa adoecerá de toda forma mais cedo ou mais tarde.
Prevenção terciária: Lança mão de recursos de reabilitação física, psicológica e socioeconômica para que a pessoa se recupere dentro de suas possibilidades.
A manutenção da saúde portanto, engloba ações complexas e que estão associadas tanto às questões de fatores endógenos (internos ao indivíduo), como de fatores exógenos (externos ao indivíduo). Nessa matemática de equação complexa e multifatorial vale estar atento aos fatores culturais que irão, de certa maneira, influenciar nas atitudes de autocuidado para manutenção da saúde como um todo.
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