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Quais são as habilidades e competências necessárias de um psicoterapeuta?



Para atuar como psicoterapeuta é preciso muito mais do que apenas uma formação superior em Psicologia. Para conseguir ajudar as pessoas de forma assertiva e fazer com que o paciente alcance a transformação pessoal, é preciso ir além da teoria e aplicar algumas habilidades e competências que permitam ao profissional desenvolver um bom relacionamento terapêutico e um confiável tratamento psicológico, independente da linha e do ramo da Psicologia em que ele atue. Para muitas pessoas estas habilidades são inatas e genuínas, mas se não for o seu caso, tudo bem, elas podem ser aprendidas e praticadas até serem internalizadas.


Certo, e quais são essas habilidades e competências necessárias para o psicoterapeuta tornar-se um profissional de excelência?


As competências podem ser divididas em dois blocos: competência teórica e competência técnica. A teórica, como o próprio nome já sugere, indica a capacidade de conhecimento e domínio sobre as teorias das bases da Psicologia e das técnicas aplicadas, enquanto a competência técnica refere-se à aptidão na aplicação destas técnicas, reconhecendo quando e como utilizá-las. Alguém pode ser um grande conhecedor da teoria, mas se não domina a prática nem a execução adequada das técnicas, este profissional não possui todas as competências necessárias para atuar plenamente no consultório.


E quais são as habilidades que precisam ser desenvolvidas?


Uma importante e essencial habilidade responsável por fazer com que o profissional evolua no processo terapêutico é a empatia. Sem a empatia, torna-se impossível clinicar. É imprescindível que o psicoterapeuta desnude-se de si mesmo no momento em que está com o paciente e entrar na sua realidade. Não há as suas histórias, suas opiniões ou seus julgamentos, só o paciente e a necessidade dele de ser compreendido e ajudado.


A empatia permite ver o universo do paciente, conhecê-lo, entender suas dores, suas aflições, e observar de perto os seus sofrimentos, analisando como o paciente percebe a si mesmo e os seus conflitos, buscando, assim, caminhos de ajudá-lo a melhorar essa percepção. A empatia é o profissional vendo a partir dos olhos do paciente, enxergando o seu ponto de vista, e não dizendo o que ele precisa fazer, mas sim indicando possibilidades de mudança. O psicoterapeuta precisa sair do seu lugar, da sua pele, ser empático com o outro, para avançar no processo terapêutico.


Uma outra habilidade de suma relevância é a resiliência para lidar com as frustrações. Frustrações do psicoterapeuta? Sim, dele mesmo! Assim como o paciente se frustra quando não consegue progredir em seu tratamento, o profissional também se depara com a decepção quando ele não responde ao processo da forma esperada, e é onde a resiliência trabalha. Esta capacidade de adaptação, de buscar uma nova estratégia, de lidar com a dificuldade que surge e de acolher o paciente quando ele erra é fundamental na prática clínica.


Quando a expectativa depositada no retorno do paciente não é suprida, quando ele fracassa e não consegue, o terapeuta precisa demonstrar acolhimento, não julgamento, pena ou desapontamento, do contrário, ele torna-se duas vezes mais frustrado. O paciente não avançou? Mostre outras possibilidades, outros caminhos possíveis, mas nunca o receba com um olhar de desgosto ou piedade, isso só retrocede todo o processo.

Viu como nem só de teoria e conhecimentos acadêmicos vive o terapeuta? É preciso ir na essência humana, entender o lugar do outro e mostrar que ele pode ser sincero sobre si, que não haverá julgamentos nem punições, você está ali para ajudá-lo, não para criticá-lo ou apontar seus erros.



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